Inglês: Yellow Rosela
Português: Rosela Flaveolus
Distribuição: Sudeste da Austrália
Descrição:
A sua plumagem em geral é amarela e geralmente clara, a testa é vermelha alaranjada, tem uma marcação azul-escuro na bochecha, as penas da nuca, das costas e das asas são pretas com bordo largo amarelo claro, a parte superior do peito e a garganta são sombreadas de vermelho em muitos pássaros, a região mediana coberta pelas asas é preta, as penas exteriores das asas são azuis, a parte mais alta da região coberta pelo rabo e a parte mais baixa das costas são amarelas, as penas medianas da parte de cima do rabo são azuis esverdeadas e as exteriores azuis com marcas claras, o lado inferior é cinza com manchas azuis claras, não existe a faixa branca no interior das asas, o bico é cinza claro, o círculo ao redor dos olhos é estreito e cinza, sua íris é marrom escura e seus pés são cinzas escuros.
Comprimento: 33 cm.
Hábitat: Florestas de galeria com Eucalipto camaldulensis ao
longo dos rios Darling, Murrumbidgee e Lachlan, também são vistos se
alimentando em áreas cultivadas e em vegetação de Mallee.
Hábitos: Andam normalmente aos pares ou grupos pequenos, são
vistos principalmente quando estão se alimentando em galhos externos de árvores
de eucalipto ou no chão, ficam bem camufladas nas árvores, ocasionalmente
formam bandos com Polytelis swainsonii e Barnardius barnardi, ocasionalmente
são nomadas o seu voo é poderoso e é acompanhado por um chamado regular
semelhante à de um Platycercus elegans, mas ligeiramente mais alto e diferente
de outras espécies de Platycercus, não é ondulante, voos mais longos o fazem a
uma altura considerável e os mais curtos, próximo do chão. Geralmente não são
tão ruidosos como outras espécies de Platycercus, frequentemente saem voando
sem gritos de alarme quando assustados.
Características: As rosellas pertencem à subfamília
Platycercus, a qual faz parte da família dos Psitacídeos. As rosellas
compreendem 07 espécies dentro de aproximadamente 12 géneros. São aves
extremamente alegres que dão vida a qualquer viveiro, costumam imitar
determinados sons e músicas. Podem ser criadas com outras espécies em um mesmo
viveiro, são agressivas apenas com outras rosellas. Não suportam vento e nem
muito frio. No período de mudança da fase jovem para adulta ficam muito
sensíveis e se não forem bem cuidadas podem morrer. Ao importarmos uma rosella
ou um outro psitacídeo australiano de um país europeu, essas aves sairão do
local onde nasceram que é relativamente frio (aprox. 20º C) e seco (aprox.
18%), e irão entrar em contacto com germes de um ambiente quente (aprox. 27º/28º
C), e húmido (aprox. 70%), em apenas 01 ou 02 dias de viagem. Isso somado ao
estresse do transporte, desde o criadouro da Europa até o importador no Brasil,
fará com que fiquem debilitadas e com baixa imunidade. Psitacídeos australianos
tão populares na Europa, aqui se tornam frágeis e suscetíveis a doenças
infecciosas. No entanto, as nascidas no Brasil são bastante resistentes, pois
já estão bem aclimatadas.
Dimorfismo: As fêmeas são semelhantes aos machos, mas com a
cor vermelha mais pronunciada na garganta e na parte superior do peito, a faixa
branca na parte interna das asas é freqüentemente presente, é menor em tamanho
e também tem o bico menor.
Dieta natural: Principalmente sementes de erva, de arbustos
e árvores, especialmente eucalipto camaldulensis e vegetais no solo, mas comem
frutas, bagas, brotos, nozes, flores, néctar, insetos e suas larvas, visitam
áreas cultivadas em pequenos grupos, mas causam pouco dano.
Alimentação: Basicamente sementes (alpista, girassol e aveia
em pequenas quantidades, milho alvo de diversos tipos e etc.), porém é
importante para uma alimentação balanceada que também comam verduras, legumes e
frutas (a maçã em especial é de suma importância para a lubrificação do trato
intestinal), gostam muito de repolho, maçã, jiló e milho verde, chegam a comer
ração de faisão.
Período de reprodução: De agosto a janeiro, sendo setembro o
mês principal.
Reprodução:
É alcançada regularmente, apesar da população ser pequena. Em exibição
de namoro os machos ficam com as asas ligeiramente abertas e jogadas
para frente, as penas do peito ficam arrepiadas, a cabeça fica levantada
e inclinada ligeiramente para trás ou lateralmente em movimentos de
cima para baixo e de baixo para cima, ficam ainda com o rabo aberto e
tudo isso acompanhado de uma espécie de “conversação” contínua. Deve ser
mantido apenas um casal por viveiro, pois embora não agridam outras
aves são extremamente agressivas e territorialistas com as de sua
espécie, principalmente quando estão com filhotes no ninho. Alguns
casais totalmente inexperientes poderão matar o seu primeiro filhote
logo após a eclosão, ou não saberem alimentá-lo. Dê-lhes uma segunda
chance, pois precisam de uma oportunidade para aprender. Só a fêmea
choca, deixa o ninho apenas para se alimentar ou ser alimentada pelo
macho em breves períodos na manhã e ao entardecer. Importante variar
bastante a alimentação para que os filhotes tenham um bom crescimento.
Amadurecimento sexual: 03 anos.
Idade reprodutiva: Acredita-se que possa viver em cativeiro,
com os devidos cuidados entre 20 e 30 anos e que consiga reproduzir até os 15
anos ou mais.
Quantidade de ovos: Postura de 04 a 05 ovos, ocasionalmente
podem estar infecundos ou os filhotes morrerem dentro do ovo, podem fazer até
duas posturas por ano. Ovo mede 27.3 x 22.9 mm.
Ninhos: Aceitam muitos tipos de ninhos e em várias posições
e costumam forrá-los com pedaços pequenos de madeira que estejam se
deteriorando. Troncos de árvores ocas, caixas de madeira são os mais
utilizados. De um modo geral usa-se ninhos verticais. Se o fundo do ninho ficar
muito úmido é quase certo os pais começarem a arrancar penas dos filhotes,
devendo-se, portanto mantê-lo bem seco. Pode-se forrá-lo com serragem ou areia,
sendo a areia mais fácil de se trabalhar. O abandono do ninho pelos pais é
menos comum quando já existem crias, mas se a fêmea não está acostumada à inspeção
do ninho, pode entrar em pânico e bicar os filhotes.
Tempo de incubação: 20 dias.
Temperatura de incubação: 37,5º C.
Umidade: 60 a 65%.
Filhotes: Os filhotes têm a cor mais fosca e mais
esverdeada, as penas das costas possuem um bordo largo verde, o peito e o
abdômen são amarelos esverdeados, a faixa pelo lado interno das asas é bem
clara e a sua plumagem de adulto só é conseguida aos 16 meses. Os filhotes se
reúnem em bandos 04 a 05 semanas após deixar o ninho. Se ficar muito frio não
terá força para levantar a cabeça e conseqüentemente não conseguirá se
alimentar e mesmo que a mãe tente aquecê-lo ele morrerá. Logo, é interessante
que em lugares de clima frio se use serragem como forro para o ninho enquanto
que para lugares de clima quente use-se areia. Saem do ninho após 05 semanas e
depois levam um bom tempo ainda sendo alimentados pelos pais. Não é um bom
“pet”, mas para que fique relativamente manso, é preciso retirá-lo do ninho com
15 a 20 dias e tratá-lo na mão. Se destinados à reprodução é interessante que
sejam apresentados a outros jovens da mesma espécie, pois se forem isolados por
muito tempo do contato com sua própria espécie, podem simplesmente não
reconhecê-los como par. O pássaro criado em cativeiro, deve ser deixado no estado bravio,
reproduz mais rápido do que o selvagem.
Viveiros: Não existe um tamanho padrão de viveiro, mas para
que voem bem e possam gastar suas energias o mínimo é de 1x1,2x2m, porém podem
também ser criados em gaiolas. Os poleiros devem ser grossos para desgaste,
pois os loris têm uma tendência pronunciada de crescimento das unhas.
Importante saber que os viveiros deverão ter tela galvanizada e fios
arredondados para evitar que destruam as penas e 40 a 50% de área coberta, para
proteger os ninhos e as aves, do frio, do sol e da chuva. Além disso, os
viveiros devem estar em locais onde estejam protegidos de ventos frios por
paredes, cercas vivas, quebra ventos e de forma a receber o sol da manhã.
Tamanho da anilha: 06 mm.
Fezes: Pastosas. Líquidas ou brancas pode significar algum
tipo de doença.
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